Guerreiro do Divino Amor | Biografia

Artista suíço-brasileiro, vive e trabalha no Rio de Janeiro, 1983.

Sua pesquisa explora as Superficções, forças ocultas que interferem na construção do território e do imaginário coletivo, tomando forma de filmes, publicações e instalações.

Suas obras são parte das coleções do MAR, foi finalista do prêmio generations na Bienal da Imagem em Movimento de Genebra 2016 e duas vezes finalista dos Swiss Art Awards (prêmio paralelo à Art Basel). Realizou a exposição individual “Superficções” no Paço das Artes-MIS (São Paulo, 2018). Participou, entre outras, de exposições na Fundação Iberê Camargo em Porto Alegre, na casa França-Brasil, na galeria Gentil Carioca, no MAR (Rio de Janeiro) e no Centro de Arte Contemporânea de Vilnius na Lituânia. Foi artista residente na FAAP-Lutetia (2017) e no Pivô-Pesquisa (2018).

Texto do projeto “Supercomplexo Metropolitano Expandido”

A Supercomplexo Metropolitano Expandido é uma máquina superficcional de poder, sucesso e expansão. Ela se articula em torno de vários núcleos magnéticos superficcionais interligados por superdutos e supervórtices.

O combustível que alimenta a máquina supercomplexa é extraído diretamente de seu subsolo, composto pela superescravidão. Superdefeito de fábrica que se perpetua pelos próprios mecanismos estruturais supercomplexos, ela é programada na carne supercomplexa e se reproduz a cada geração de forma transfigurada. A superscravidão é refinada num processo de supernormalização, fundida com a força supernordestina para formar o supercombustível, que é atraído para os centros da supermáquina pelo superimã da roda da fortuna e descartado para as regiões superperiféricas supercomplexas em virtude da força centrifuga.

A atividade supercomplexa é norteada pela roda da fortuna.

Silvória é o totem bicéfalo supercomplexo.

As portas da esperança se abrem com a frequência do eclipse.

O supercomplexo é uma máquina de sintetizar o mundo, incorporando todas as épocas, civilizações, e etapas da cadeia produtiva, o superprimeiro e o superterceiro mundo, interligando-se por uma infinidade de supervórtices espaciotemporais com todas as épocas do pré-cobrimento ao pós-apocalipse e todos os lugares e civilizações do superplaneta.

O Superimpério aciona o supervetor sudoeste, que se alastra através do tempo à procura de terras virgens para modelar a máquina à sua imagem. Sob a força de seus raios, o território se desprende e levita formando ilhas supervalorizadas habitadas por civilizações supersuperiores superpálidas. O Superimpério desenvolve várias estratégias como a chuva de diamantes superespeculativos e o fogo superpaulista, para a reconquista dos territórios dominados pela supergaláxia.

Supervórtices interligam a Supercomplexo a suas maquinas-irmãs formando um continuum estético, de ideias e de cifras.

As estruturas de poder supercomplexas são controladas a partir dos Jardins e Florestas supergenealógicas suspensas, que atuam na construção de uma superegrégora em diversas camadas e capítulos interligados, começando pelos indígenas supercristianizados, as superbandeiras, os superbarões e, para mais além, os superimigrantes.

As árvores supergenealógicas fincam suas super-raízes, onde correm os supersangues, nas entranhas da supermáquina assim delimitando um território simbólico e físico superpálido, constituído por um simulacro da supereuropa com um espírito superempreendedor.

Superlubrificantes da supermáquina, as supermídias são controladas pelas superfamílias.

O imaginário e a sensação do superpoder são potencializados pelas supercarreiras.

Acoplada atrás do supercomplexo se encontra a máquina superdivina, de estrutura similar. A força superdivina é multifuncional: fluido superenergético na ascensão dos patamares supereconômicos supercomplexos, funciona também como superanalgésico e assegura a superobediência da população supercomplexa, assim garantindo o bom funcionamento da supermáquina. As forças Superdivinas desenvolvem um imaginário, uma iconografia e um corpo de rituais de supersucesso superpálido através de uma reciclagem de rituais ancestrais supergalácticos fundidos com técnicas de marketing superimperiais, assim construindo uma terra superprometida, uma mitologia, um passado e um futuro superembranquecidos.

A Supertríade da ascensão se compõe do superigreja, o supertráfico e o superempresiariado, compondo três faces e três elevadores para o superpoder, que podem se combinar, seguindo lógicas paralelas e trocando informações e táticas de ascensão.

Revista Arte ConTexto

REFLEXÃO EM ARTE
ISSN 2318-5538
V.5, Nº14, JUL., ANO 2018
PENSAMENTO E AÇÃO DE SUBSISTÊNCIA

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