A artista retoma discussões existentes desde o renascimento e pertinentes à composição visual e à harmonia de arranjos de elementos no espaço: o ponto de fuga como artifício de equilíbrio espacial.
Rogério Marques recolhe destroços marítimos que são depositados pelo mar na orla da Praia do Cassino, no litoral sul do estado rio-grandense, e constrói bordados sobre suas superfícies. Dessa forma, esses resíduos dão margem à criação de novos objetos que trazem consigo a riqueza temporal anteriormente incrustada pelos deslocamentos realizados por esses fragmentos.
A performance remete a um elo paradoxal entre indivíduo e espaço natural. Da mesma forma que a performer se apropria dessa paisagem, recolhendo para si fragmentos desse cenário, essa apropriação pode tornar-se violenta.
Nos trabalhos pertencentes à exposição, nota-se um envolvimento da artista com a superfície dos espaços arquitetônicos, paredes que se tornam massa pictórica, massa que solidifica gestos do tempo. Mas, também há as aberturas, as fendas na matéria trabalhada, recortes que dão a ver outras substâncias como a madeira opaca em “21º50'18"S 44º48'30"W”.
A série “Paisagens submersas” desenvolve-se a partir do uso da palavra, inscrita com ponta seca, e da exploração das aguadas que criam cores atmosféricas, remetendo aos ambientes internos da casa.
A série “Paisagens submersas” desenvolve-se a partir do uso da palavra, inscrita com ponta seca, e da exploração das aguadas que criam cores atmosféricas, remetendo aos ambientes internos da casa.
Os trabalhos que compõem o projeto “Conhecidos de Vista” falam das relações entre vizinhos de janelas, com prédios construídos muito próximos entre si.
A partir de um olhar atento sobre seu entorno, Luciane Bucksdricker iniciou o trabalho de registro de cantos incomuns, espaços domésticos que se formam em ambientes exteriores, dando nome à série "Salas de [não] estar".
O trabalho de Ubiratã sedimenta suas próprias inquietações. O artista transfere para a linguagem pictórica um pouco de sua relação com o mundo, a partir da sobreposição de suas marcas, camadas e significados.
Em sua série “Geografia dos Sentidos”, Adauany Zimovski relaciona imagens de paisagem com ilustrações de fragmentos da anatomia humana envolvidos nos órgãos dos sentidos.
Nathalia García articula transposições entre o desenho, a arquitetura e a instalação em sua poética. Os elementos trazidos pela artista percorrem o campo da memória, da edificação de histórias tramadas pelos elementos cotidianos.
A série de fotografias "Situações domésticas para corpos clandestinos" é resultante de um conjunto de proposições artísticas desenvolvidas em um bloco do condomínio Geraldo Santana de Porto Alegre. Durante o ano de 2011, Letícia Bertagna aproximou as relações entre os moradores de oito apartamentos, a partir, por exemplo, da coleta periódica de notas de supermercado dos residentes, da realização de um almoço coletivo e das fotos.
A séries de fotografia denominada “Nuvem” foi realizada pela artista durante a “Residência Artística Terra Una” (2011). As obras lidam com as relações possíveis entre a natureza e os objetos manufaturados pelo homem, como os pedaços de vidro.
Claudia Hamerski sai em busca de geografias particulares desapercebidas. Localiza casamentos entre o natural e o ambiente urbano, atenta à vida que surge onde menos se espera.
A séries de fotografia denominada “Nuvem” foi realizada pela artista durante a “Residência Artística Terra Una” (2011). As obras lidam com as relações possíveis entre a natureza e os objetos manufaturados pelo homem, como os pedaços de vidro.
Ação performática dá vida a uma intervenção. A composição escultórica que é gerada flerta com o universo do desenho. Logo mais, o ato efêmero é registrado em fotografia.
O artista investiga os limites entre a realidade e a proposição de ilusões. Com sua obra Colírios, propõe ao espectador uma viagem lúdica entre as perspectivas de pensadores emblemáticos, sugerindo um medicamento que surta o efeito da sensibilidade e da subjetivação.
Nos trabalhos de Ana Hupe podem-se ver versos, linhas escritas no idioma das paisagens. Há grafismos que trazem o desenho formado pelo limite entre o céu e o topo das montanhas, onde a Terra tangencia a atmosfera nas mais elevadas altitudes.
O artista registra a cidade litorânea de Tramandaí, ressaltando nela não seu período áureo característico, o das férias de verão, mas o silêncio, o abandono e o vazio de seus invernos.
O artista registra a cidade litorânea de Tramandaí, ressaltando nela não seu período áureo característico, o das férias de verão, mas o silêncio, o abandono e o vazio de seus invernos.
Em seus trabalhos, Marcos Fioravante investiga os espaços constituídos pelo desenho, numa relação entre imagens fotográficas de referência e o ato de desenhar. Pode-se notar o interesse pelos ambientes internos, pelos cantos e pela linha divisória que separa o chão da parede, constituindo um horizonte.
Em seus trabalhos, Marcos Fioravante investiga os espaços constituídos pelo desenho, numa relação entre imagens fotográficas de referência e o ato de desenhar. Pode-se notar o interesse pelos ambientes internos, pelos cantos e pela linha divisória que separa o chão da parede, constituindo um horizonte.
Com tal trabalho é oferecido um manual para a constituição de paisagens em qualquer casa, transferindo o interesse do artista em explorar os terrenos que compõem a sua residência para o leitor.
