A CULTURA AOS CUIDADOS DA ARTE NO PROJETO PRÓXIMA PAISAGEM
TEXTO CURTO Fabíola S. Tasca
Fabíola S. Tasca é doutora em Artes pela Escola de Belas Artes da UFMG e professora na Escola Guignard da UEMG, em Belo Horizonte, onde coordena o projeto próxima paisagem: escola de arte provisória, residência de pesquisa, orientada para compromisso extensionista. O projeto pode ser visitado nos seguintes endereços: Blog: proximapaisagem.tumblr.com | Facebook: www.facebook.com/proximapaisagem | Instagram: @proxima.paisagem
Revista Arte ConTexto
REFLEXÃO EM ARTE
ISSN 2318-5538
V.7, Nº18, MAR., ANO 2023
ACESSO À CULTURA
RESUMO
O texto menciona os três grupos próxima paisagem, constituídos a propósito da residência de pesquisa com compromisso extensionista, próxima paisagem: escola de arte provisória. Pretende-se compreender como o projeto, que está em curso desde 2014, vem convidando os habitantes da região do Bação, no município de Itabirito, em Minas Gerais, bem como os participantes dos grupos próxima paisagem, para o cuidado com a Cultura.
No vídeo “Escritos de Marilena Chaui | O que é cultura?”1, a estudiosa nos esclarece a etimologia dessa palavra, proveniente do verbo latino “Colere” = “cuidar”. Menciona “agricultura” = cuidar da terra; “puericultura” = cuidar das crianças; o culto religioso = cuidar dos deuses. Chaui apresenta uma ideia ampla de cultura, como a capacidade dos seres humanos de se relacionarem com o ausente, por meio de símbolos. Prossegue assinalando que a linguagem e o trabalho constituem os primeiros elementos da cultura, por meio dos quais os seres humanos colocam-se no mundo, se relacionam com o tempo, relembram o passado, constroem o futuro, e que compreender “cultura” como um conjunto de conhecimentos seria um equívoco. Caracteriza cultura erudita, cultura popular, o modo como são polarizadas nas sociedades divididas em classes e a maneira como a cultura de massa (o que, para Chaui, seria a anticultura) tira proveito dessa desavença histórica e postiça. A edição anterior da Revista Arte ConTexto trouxe um convite para que pensássemos as relações entre trabalho em arte e cuidado. Nessa ocasião, elaborei uma lista que intitulei “aos cuidados da arte”, apresentando uma reunião de atitudes e afazeres cotidianos, com o intuito de sugerir que os gestos e ações mencionados carregariam uma origem em comum com a prática artística. No entanto, não publiquei a lista. Passados muitos meses daquele chamado da revista e diante da chamada que agora se coloca, Acesso à Cultura, diante de tantas tramas de estudo e colaboração2, entendo que se urde um avanço no percurso da pesquisa.
Aqui, busco perceber como o projeto próxima paisagem pode promover acesso à cultura, por meio do cuidado pela arte. Assim, relembro o dia 26 de julho de 2019, uma sexta-feira, quando montamos [2º Grupo próxima paisagem3] uma mesa na Rua Heitor Marinho Braga, no Córrego do Bação. Ali fizemos pipas e papagaios na companhia de crianças e adultos que se interessaram pela atividade. Usamos varinhas de bambu e papel de seda, contrariando o habitual uso do plástico e das varetas de fibra. A situação foi espontânea, bonita. Alisson Damasceno assumiu protagonismo na condução da atividade. Optamos por não levar nossas câmeras fotográficas, renunciando, assim, à produção de imagens, por entendermos que a vida, muitas vezes, se recolhe diante de aparatos de registro. Na manhã seguinte, soltamos as pipas e os papagaios, acompanhando as crianças, habitantes da região.
Ao retomar tal acontecimento, reforço minha compreensão da ação enquanto uma prática extensionista do projeto de pesquisa/residência artística próxima paisagem: escola de arte provisória. Conservo o argumento de que tal prática se reúne a “[…] um dos anseios mais bonitos que participam do cenário da arte dos nossos dias, que é o de não se separar da vida […] esse estar no mundo, no terreno morno do cotidiano, pisado por todos…”4. Cito Maria Helena Bernardes com o propósito de pontuar que a Colaboração, nas artes e na vida, enquanto eixo poético, constitui uma chave para as novas utopias.
Ação para fazer e soltar pipas e papagaios foi ao encontro de uma prática conhecida, quando nos meses de julho e agosto é comum vermos pipas e papagaios no céu. Desse modo, a proposição do grupo encontrava a prática dos habitantes do Córrego do Bação e a reforçava, a fortalecia, permitindo que se pudesse perceber enlaçados o artístico e o vital.
Há alguns meses, estive em contato com os artistas-pesquisadores que compuseram o 1º Grupo próxima paisagem5 e disse a eles sobre meu entusiasmo com o que estava aprendendo a partir da leitura do texto “Arte que destrói o mundo comum”, artigo publicado na edição número 15 da Revista Piseagrama. O texto aborda a maneira como os museus imperialistas e a lógica de expropriação colonial que a eles subjaz, cria e reproduz exclusão, opressão e violência.
Com o imperialismo, a arte tornou-se uma ideia superior ao mundo em que foi gerada, e tudo o que era produzido como arte tinha que ser avaliado de acordo com sua forma final, considerada como “boa” ou “ruim” pelos experts. […] A concepção imperial da arte contribui não apenas para a destruição de mundos específicos, onde as pessoas são ativas em suas comunidades de fabri, mas também para a destruição do mundo como um lugar compartilhado, que não pode e não deve ser apropriado e, principalmente, onde não se deve dissecar comunidades em objetos apropriáveis. (AZOULAY, 2021, p. 46-55)
Então, destaquei do texto uma frase que aponta na contramão da concepção imperial da arte, a qual eu endereçava aos colegas numa espécie de convite: “Imaginar a arte como um modo de cuidar do mundo”. A perspectiva estimulou a todos e diversas maneiras de se cuidar do mundo foram sendo mencionadas nas mensagens que trocávamos por meio dos dispositivos móveis: cuidar do mundo é igual a cuidar daquilo que nos nutre; entender o cuidado como uma das funções possíveis para a arte; orientações para autocuidado em relação à covid-19; uma crítica do automóvel como máquina de poder a serviço do capital e, portanto, em oposição ao cultivo de uma vida coletiva; a importância do processo de reencantamento do mundo; a pertinência de imaginarmos outros mundos, distantes do adoecimento de uma civilização marcada pela lógica colonial; a lembrança de que fazer comunidade pode ser cura. Nessa perspectiva, realizamos [3º Grupo próxima paisagem], em 2022, um ciclo com três aulas abertas de próxima paisagem: escola de arte provisória, a partir do tema gerador “Vida, paisagem e trabalho”, convidando os moradores do Córrego do Bação para que desenhássemos ao ar livre. Por meio dos materiais disponibilizados, da presença dos artistas-educadores na região, e da participação dos habitantes, instaurou-se um ambiente artístico/educativo, no qual a prática do desenho criava laços temporários entre artistas e trabalhadores, adultos, jovens e crianças, reunidos e motivados pela lembrança do desenhar.
Imaginando que culturas múltiplas estão a resistir, a germinar, e com o intuito de nutrir os esforços em fortalecê-las, o projeto próxima paisagem: escola de arte provisória quer ensinar e aprender com o cultivo da vida.6
A CULTURA AOS CUIDADOS DA ARTE NO PROJETO PRÓXIMA PAISAGEM
TEXTO CURTO Fabíola S. Tasca
Fabíola S. Tasca é doutora em Artes pela Escola de Belas Artes da UFMG e professora na Escola Guignard da UEMG, em Belo Horizonte, onde coordena o projeto próxima paisagem: escola de arte provisória, residência de pesquisa, orientada para compromisso extensionista. O projeto pode ser visitado nos seguintes endereços: Blog: proximapaisagem.tumblr.com | Facebook: www.facebook.com/proximapaisagem | Instagram: @proxima.paisagem
Revista Arte ConTexto
REFLEXÃO EM ARTE
ISSN 2318-5538
V.7, Nº18, MAR., ANO 2023
ACESSO À CULTURA
RESUMO
O texto menciona os três grupos próxima paisagem, constituídos a propósito da residência de pesquisa com compromisso extensionista, próxima paisagem: escola de arte provisória. Pretende-se compreender como o projeto, que está em curso desde 2014, vem convidando os habitantes da região do Bação, no município de Itabirito, em Minas Gerais, bem como os participantes dos grupos próxima paisagem, para o cuidado com a Cultura.
No vídeo “Escritos de Marilena Chaui | O que é cultura?”1, a estudiosa nos esclarece a etimologia dessa palavra, proveniente do verbo latino “Colere” = “cuidar”. Menciona “agricultura” = cuidar da terra; “puericultura” = cuidar das crianças; o culto religioso = cuidar dos deuses. Chaui apresenta uma ideia ampla de cultura, como a capacidade dos seres humanos de se relacionarem com o ausente, por meio de símbolos. Prossegue assinalando que a linguagem e o trabalho constituem os primeiros elementos da cultura, por meio dos quais os seres humanos colocam-se no mundo, se relacionam com o tempo, relembram o passado, constroem o futuro, e que compreender “cultura” como um conjunto de conhecimentos seria um equívoco. Caracteriza cultura erudita, cultura popular, o modo como são polarizadas nas sociedades divididas em classes e a maneira como a cultura de massa (o que, para Chaui, seria a anticultura) tira proveito dessa desavença histórica e postiça. A edição anterior da Revista Arte ConTexto trouxe um convite para que pensássemos as relações entre trabalho em arte e cuidado. Nessa ocasião, elaborei uma lista que intitulei “aos cuidados da arte”, apresentando uma reunião de atitudes e afazeres cotidianos, com o intuito de sugerir que os gestos e ações mencionados carregariam uma origem em comum com a prática artística. No entanto, não publiquei a lista. Passados muitos meses daquele chamado da revista e diante da chamada que agora se coloca, Acesso à Cultura, diante de tantas tramas de estudo e colaboração2, entendo que se urde um avanço no percurso da pesquisa.
Aqui, busco perceber como o projeto próxima paisagem pode promover acesso à cultura, por meio do cuidado pela arte. Assim, relembro o dia 26 de julho de 2019, uma sexta-feira, quando montamos [2º Grupo próxima paisagem3] uma mesa na Rua Heitor Marinho Braga, no Córrego do Bação. Ali fizemos pipas e papagaios na companhia de crianças e adultos que se interessaram pela atividade. Usamos varinhas de bambu e papel de seda, contrariando o habitual uso do plástico e das varetas de fibra. A situação foi espontânea, bonita. Alisson Damasceno assumiu protagonismo na condução da atividade. Optamos por não levar nossas câmeras fotográficas, renunciando, assim, à produção de imagens, por entendermos que a vida, muitas vezes, se recolhe diante de aparatos de registro. Na manhã seguinte, soltamos as pipas e os papagaios, acompanhando as crianças, habitantes da região.
Ao retomar tal acontecimento, reforço minha compreensão da ação enquanto uma prática extensionista do projeto de pesquisa/residência artística próxima paisagem: escola de arte provisória. Conservo o argumento de que tal prática se reúne a “[…] um dos anseios mais bonitos que participam do cenário da arte dos nossos dias, que é o de não se separar da vida […] esse estar no mundo, no terreno morno do cotidiano, pisado por todos…”4. Cito Maria Helena Bernardes com o propósito de pontuar que a Colaboração, nas artes e na vida, enquanto eixo poético, constitui uma chave para as novas utopias.
Ação para fazer e soltar pipas e papagaios foi ao encontro de uma prática conhecida, quando nos meses de julho e agosto é comum vermos pipas e papagaios no céu. Desse modo, a proposição do grupo encontrava a prática dos habitantes do Córrego do Bação e a reforçava, a fortalecia, permitindo que se pudesse perceber enlaçados o artístico e o vital.
Há alguns meses, estive em contato com os artistas-pesquisadores que compuseram o 1º Grupo próxima paisagem5 e disse a eles sobre meu entusiasmo com o que estava aprendendo a partir da leitura do texto “Arte que destrói o mundo comum”, artigo publicado na edição número 15 da Revista Piseagrama. O texto aborda a maneira como os museus imperialistas e a lógica de expropriação colonial que a eles subjaz, cria e reproduz exclusão, opressão e violência.
Com o imperialismo, a arte tornou-se uma ideia superior ao mundo em que foi gerada, e tudo o que era produzido como arte tinha que ser avaliado de acordo com sua forma final, considerada como “boa” ou “ruim” pelos experts. […] A concepção imperial da arte contribui não apenas para a destruição de mundos específicos, onde as pessoas são ativas em suas comunidades de fabri, mas também para a destruição do mundo como um lugar compartilhado, que não pode e não deve ser apropriado e, principalmente, onde não se deve dissecar comunidades em objetos apropriáveis. (AZOULAY, 2021, p. 46-55)
Então, destaquei do texto uma frase que aponta na contramão da concepção imperial da arte, a qual eu endereçava aos colegas numa espécie de convite: “Imaginar a arte como um modo de cuidar do mundo”. A perspectiva estimulou a todos e diversas maneiras de se cuidar do mundo foram sendo mencionadas nas mensagens que trocávamos por meio dos dispositivos móveis: cuidar do mundo é igual a cuidar daquilo que nos nutre; entender o cuidado como uma das funções possíveis para a arte; orientações para autocuidado em relação à covid-19; uma crítica do automóvel como máquina de poder a serviço do capital e, portanto, em oposição ao cultivo de uma vida coletiva; a importância do processo de reencantamento do mundo; a pertinência de imaginarmos outros mundos, distantes do adoecimento de uma civilização marcada pela lógica colonial; a lembrança de que fazer comunidade pode ser cura. Nessa perspectiva, realizamos [3º Grupo próxima paisagem], em 2022, um ciclo com três aulas abertas de próxima paisagem: escola de arte provisória, a partir do tema gerador “Vida, paisagem e trabalho”, convidando os moradores do Córrego do Bação para que desenhássemos ao ar livre. Por meio dos materiais disponibilizados, da presença dos artistas-educadores na região, e da participação dos habitantes, instaurou-se um ambiente artístico/educativo, no qual a prática do desenho criava laços temporários entre artistas e trabalhadores, adultos, jovens e crianças, reunidos e motivados pela lembrança do desenhar.
Imaginando que culturas múltiplas estão a resistir, a germinar, e com o intuito de nutrir os esforços em fortalecê-las, o projeto próxima paisagem: escola de arte provisória quer ensinar e aprender com o cultivo da vida.6
Notas de Rodapé
1 Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=-YQcFNoiDMw. Acesso em 25 set. 2022.
2 Está em curso o trabalho do 3º Grupo próxima paisagem, composto por Bernardo Corrêa, Fabíola S. Tasca, Hélio Nunes, José Lara e Mariana Isoni. Projeto vinculado aos editais PIBIC/UEMG/FAPEMIG 05/2021 e PAEx 01/2022. Estudante bolsista de pesquisa Mariana Isoni, estudante bolsista extensão Bernardo Corrêa. Título do projeto de extensão: “Vida, paisagem e trabalho: ciclo de aulas abertas de próxima paisagem escola de arte provisória, no Córrego do Bação, em Itabirito, Minas Gerais”, PAEx/UEMG.
3 O 2º Grupo próxima paisagem foi constituído a propósito da segunda edição da residência artística/projeto de pesquisa próxima paisagem: escola de arte provisória, e esteve atuante entre novembro de 2018 e fevereiro de 2022. Alisson Damasceno, Fabíola S. Tasca, Júnia Penna, Livia Paola Gorresio, Mariana Hauck compuseram o segundo grupo próxima paisagem, cuja atuação esteve também motivada pelo enunciado horizonte: “A observação inventa a paisagem” BRASIL, 2011. As ações I e III de publicação dos trabalhos do 2º Grupo próxima paisagem estão disponíveis na conta Instagram @proxima.paisagem. Projeto desenvolvido parcialmente com vinculação ao edital PIBIC/UEMG/CNPq 04/2019, tendo Mariana Hauck como estudante bolsista.
4 Transcrição de trecho da fala de Maria Helena Bernardes no curso “O que conta a História da Arte?”, ESPAI, 2021.
5 O 1º Grupo próxima paisagem configurou a formação inaugural do projeto próxima paisagem: escola de arte provisória, atuando de maneira independente entre 2014 e 2018. O grupo foi composto por Arthur Camargos, Elisa Campos, Fabíola Tasca, Flávio CRO, Mariana Borchio. A conclusão das visitas do grupo à região do Bação foi formalizada com uma Feira de Trocas na Associação Comunitária do Córrego do Bação, em janeiro de 2018.
6 A esse propósito, cito um ensinamento do ex-ministro da Cultura, Gilberto Gil, que menciona o papel fundamental de esforços coletivos para a renovação de esperanças, para o restabelecimento da confiança na sociedade humana. Gil defende a relevância de fazermos um jogo permanente, cujos movimentos são assim descritos: “[agir] aperfeiçoando o imperfeito e desprezando a perfeição”. Ele repete a frase algumas vezes ao longo do vídeo, numa espécie de gesto pedagógico. GIL, Gilberto. 18 minutos de silêncio. TEDxPiraí. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ijdr2cAkUQ4. Acesso em 13 out. 2022.
Referências Bibliográficas
AZOULAY, Ariella Aïsha. Arte que destrói o mundo comum. Tradução Paula Lobato e Renata Marquez. Piseagrama, Belo Horizonte, nº 15, 2021, p. 46-55. Agradecimentos: À cortesia da editora Verso [Londres/Nova Iorque] e ao Grupo de Leitura Coletiva de “Potential History” [NPGAU/UFMG].
BERNARDES, Maria Helena. O que conta a História da Arte? Videoaulas + lives em Curso online pelo ESPAI, em parceria com a Associação Chico Lisboa, Porto Alegre/RS e Vado Vergara, Pocilga Filmes, 2021.
BRASIL, André. Mas, o que significa observar? In: COIMBRA, Eduardo. Museu; observatório. Organização Renata Marquez. Belo Horizonte: Museu de Arte da Pampulha, 2011. p.48-57.
CHAUI, Marilena. Conformismo e Resistência. Websérie Escritos de Marilena Chaui. Grupo Autêntica. Plataforma Youtube. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=-YQcFNoiDMw. Acesso em 25 set. 2022.
GIL, Gilberto. 18 minutos de silêncio. TEDxPiraí. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ijdr2cAkUQ4. Acesso em 13 out. 2022.
Lista de Imagens
Capa Ação para fazer e soltar pipas e papagaios. 2º Grupo próxima paisagem, Córrego do Bação, Itabirito, Minas Gerais, 2019. Fotografia: Mariana Hauck.
1 Ação para fazer e soltar pipas e papagaios [Alisson Damasceno]. Córrego do Bação, Itabirito, Minas Gerais, 2019. Fotografia Mariana Hauck.
2 e 3 Ação para fazer e soltar pipas e papagaios, 2º Grupo próxima paisagem, Córrego do Bação, Itabirito, Minas Gerais, 2019. Fotografia: Mariana Hauck.
Notas de Rodapé
1 Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=-YQcFNoiDMw. Acesso em 25 set. 2022.
2 Está em curso o trabalho do 3º Grupo próxima paisagem, composto por Bernardo Corrêa, Fabíola S. Tasca, Hélio Nunes, José Lara e Mariana Isoni. Projeto vinculado aos editais PIBIC/UEMG/FAPEMIG 05/2021 e PAEx 01/2022. Estudante bolsista de pesquisa Mariana Isoni, estudante bolsista extensão Bernardo Corrêa. Título do projeto de extensão: “Vida, paisagem e trabalho: ciclo de aulas abertas de próxima paisagem escola de arte provisória, no Córrego do Bação, em Itabirito, Minas Gerais”, PAEx/UEMG.
3 O 2º Grupo próxima paisagem foi constituído a propósito da segunda edição da residência artística/projeto de pesquisa próxima paisagem: escola de arte provisória, e esteve atuante entre novembro de 2018 e fevereiro de 2022. Alisson Damasceno, Fabíola S. Tasca, Júnia Penna, Livia Paola Gorresio, Mariana Hauck compuseram o segundo grupo próxima paisagem, cuja atuação esteve também motivada pelo enunciado horizonte: “A observação inventa a paisagem” BRASIL, 2011. As ações I e III de publicação dos trabalhos do 2º Grupo próxima paisagem estão disponíveis na conta Instagram @proxima.paisagem. Projeto desenvolvido parcialmente com vinculação ao edital PIBIC/UEMG/CNPq 04/2019, tendo Mariana Hauck como estudante bolsista.
4 Transcrição de trecho da fala de Maria Helena Bernardes no curso “O que conta a História da Arte?”, ESPAI, 2021.
5 O 1º Grupo próxima paisagem configurou a formação inaugural do projeto próxima paisagem: escola de arte provisória, atuando de maneira independente entre 2014 e 2018. O grupo foi composto por Arthur Camargos, Elisa Campos, Fabíola Tasca, Flávio CRO, Mariana Borchio. A conclusão das visitas do grupo à região do Bação foi formalizada com uma Feira de Trocas na Associação Comunitária do Córrego do Bação, em janeiro de 2018.
6 A esse propósito, cito um ensinamento do ex-ministro da Cultura, Gilberto Gil, que menciona o papel fundamental de esforços coletivos para a renovação de esperanças, para o restabelecimento da confiança na sociedade humana. Gil defende a relevância de fazermos um jogo permanente, cujos movimentos são assim descritos: “[agir] aperfeiçoando o imperfeito e desprezando a perfeição”. Ele repete a frase algumas vezes ao longo do vídeo, numa espécie de gesto pedagógico. GIL, Gilberto. 18 minutos de silêncio. TEDxPiraí. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ijdr2cAkUQ4. Acesso em 13 out. 2022.
Referências Bibliográficas
AZOULAY, Ariella Aïsha. Arte que destrói o mundo comum. Tradução Paula Lobato e Renata Marquez. Piseagrama, Belo Horizonte, nº 15, 2021, p. 46-55. Agradecimentos: À cortesia da editora Verso [Londres/Nova Iorque] e ao Grupo de Leitura Coletiva de “Potential History” [NPGAU/UFMG].
BERNARDES, Maria Helena. O que conta a História da Arte? Videoaulas + lives em Curso online pelo ESPAI, em parceria com a Associação Chico Lisboa, Porto Alegre/RS e Vado Vergara, Pocilga Filmes, 2021.
BRASIL, André. Mas, o que significa observar? In: COIMBRA, Eduardo. Museu; observatório. Organização Renata Marquez. Belo Horizonte: Museu de Arte da Pampulha, 2011. p.48-57.
CHAUI, Marilena. Conformismo e Resistência. Websérie Escritos de Marilena Chaui. Grupo Autêntica. Plataforma Youtube. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=-YQcFNoiDMw. Acesso em 25 set. 2022.
GIL, Gilberto. 18 minutos de silêncio. TEDxPiraí. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ijdr2cAkUQ4. Acesso em 13 out. 2022.
Lista de Imagens
Capa Ação para fazer e soltar pipas e papagaios. 2º Grupo próxima paisagem, Córrego do Bação, Itabirito, Minas Gerais, 2019. Fotografia: Mariana Hauck.
1 Ação para fazer e soltar pipas e papagaios [Alisson Damasceno]. Córrego do Bação, Itabirito, Minas Gerais, 2019. Fotografia Mariana Hauck.
2 e 3 Ação para fazer e soltar pipas e papagaios, 2º Grupo próxima paisagem, Córrego do Bação, Itabirito, Minas Gerais, 2019. Fotografia: Mariana Hauck.