GRUPO ILUMINURA E A PERSPECTIVA DA RECONCILIAÇÃO HERMENÊUTICA NO ESTUDO E PERFORMANCE DE MÚSICA ANTIGA
TEXTO CURTO
João Alexandre Straub Gomes, Werner Ewald, Carlos Walter Alves Soares, Luciana Elisa Lozada Tenório e Leonora Oxley Rodrigues
João Alexandre Straub Gomes Professor do Curso de Licenciatura em Música da UFPel. Bacharel em Música pela UFPel e Mestre em Música pela UFPR, atualmente é doutorando no Programa de Pós-Graduação em Antropologia da UFPel.
Werner Ewald Professor do Curso de Bacharelado em Música da UFPel. Licenciado em Música pela UFRGS e Mestre e PhD em música pela LSTC – Universidade de Chicago – EUA.
Carlos Walter Alves Soares Professor do Curso de Bacharelado em Composição da UFPel. Bacharel, Mestre e Doutor em Composição Musical formado pela UFRGS.
Luciana Elisa Lozada Tenório Professora do Curso de Licenciatura em Música da UFPel. Bacharel em Música pela EMBAP/UNESPAR; Mestre em Música pela UFG e Doutora em Música pela UdeM – Université de Montréal.
Leonora Oxley Rodrigues Professora do Curso de Bacharelado em Canto da UFPel. Bacharel em Canto pela UFPel e Especialista em Metodologia do Ensino pela UCPel.
RESUMO
O Grupo Iluminura, composto por docentes da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), se dedica ao estudo e performance de música antiga. Utilizando instrumentos de época, como flautas, viola da gamba, alaúdes, guitarra barroca e percussão variada, o grupo explora sonoridades de um repertório que vai da alta Idade Média ao Renascimento, gerando interpretações musicais, discussões teóricas e artigos acadêmicos. A preparação do repertório do grupo envolve uma abordagem didático-pedagógica que considera o contexto de cada apresentação. Isso inclui ajustes na interação com o público, sequência do repertório e duração da apresentação, variando conforme o evento. O Grupo Iluminura também reflete sobre as perspectivas adotadas em seu trabalho. Baseando-se na concepção de perspectiva que integra obra, público e artista, o grupo busca superar reducionismos e dicotomias entre subjetividade e normatividade, adotando uma abordagem que mistura elementos historicistas e presentistas. Isso resulta em uma visão contemporânea sobre a arte do passado, em linha com a ideia de “reconciliação hermenêutica” proposta por Thomas Christensen. A perspectiva de performance do Grupo Iluminura é uma combinação de pesquisa contextual e histórica com a adoção de práticas contemporâneas, como o uso de instrumentos modernos, réplicas de instrumentos antigos e a interação com mídias digitais, resultando em uma abordagem única que valoriza tanto a autenticidade histórica quanto a relevância contemporânea.
PALAVRAS-CHAVE
Música Antiga. Reconciliação hermenêutica. Instrumentos de Época.
Revista Arte ConTexto
REFLEXÃO EM ARTE
ISSN 2318-5538
V.8, Nº19, MAIO, ANO 2024
PERSPECTIVAS PARA ALÉM DA VISÃO
O Grupo Iluminura e Discussão Sobre Perspectiva
O “Grupo Iluminura” é formado por um quinteto de professores e professoras dos Bacharelados e Licenciatura em Música do Centro de Artes da UFPel. O grupo se dedica ao estudo teórico e à performance musical de um repertório conhecido como música antiga (GROUT e PALISCA, 2001), o que envolve as sonoridades, a forma e estilo do canto e da instrumentação. Este trabalho de investigação musical informa os arranjos e interpretações do repertório que o grupo toca em instrumentos de época, tais como flautas, violas da gamba, alaúdes, guitarra barroca e percussão de tipos variados. Também produz discussões teóricas e artigos acadêmicos sobre estas temáticas.
O trabalho do intérprete musical, e do pesquisador, inicia quando ocorre a convergência de uma paixão com uma profusão de questionamentos e interesses que se articulam em torno de um determinado tema ou assunto. Em nosso caso, os aspectos indissociáveis da paixão por fazer música estão intimamente relacionados à função que exercemos enquanto professores de música. Desse modo, a pesquisa e a preparação de repertório ultrapassam os limites específicos do estudo técnico-musical e as aspirações artísticas e estéticas do grupo sempre dialogam com intuitos didático-pedagógicos, que pode estar associado ao repertório, aos instrumentos musicais e técnicas de execução, a função do artista e da música em determinados contextos geográficos e históricos, ao papel dos ouvintes consumidores de música, etc.
Isso quer dizer que parte de nosso fazer musical envolve pensarmos o que pretendemos comunicar com nossas performances, bem como para quem estamos comunicando. Para nós, é imprescindível dedicar atenção ao contexto de cada apresentação pública do repertório que estudamos. Vários aspectos são considerados e ajustados se a ocasião da performance for uma participação em evento acadêmico de pesquisa, ou um recital aberto ao público em geral, ou uma apresentação para uma turma de alunos. Dentre eles, podemos citar o teor das falas entre as músicas, a sequência do repertório, a duração da apresentação e nível de interatividade com o público espectador.
Ao mesmo tempo, nossa posição na dinâmica de interação com o repertório, a teoria e o público, revela uma perspectiva e diferentes produtos artísticos resultam dos processos oriundos de distintas abordagens interpretativas, ou seja, distintas perspectivas. Por isso, discuti-las é fundamental no âmbito dos estudos desenvolvidos pelo nosso grupo de pesquisa. Mas que perspectiva orienta os trabalhos do Grupo Iluminura? Qual a perspectiva assumida em termos de seleção de repertório, análise musical, argumentação teórica e construção interpretativa? Antes de chegarmos a essas questões podemos ainda refletir sobre qual é a concepção de perspectiva do grupo. E como observado, ela parte de uma noção que contempla de maneira integrativa os pilares dos estudos estéticos, quais sejam, obra, público e artista (CHAUÍ, 2000). É uma concepção que não ignora as discussões científicas e sociológicas das últimas décadas, que apresentaram mudanças paradigmáticas em relação a conceitos e metodologias de produção de pensamento e, de maneira especial, em relação à proposição artística e musical para o mundo de hoje.
Nossa noção inclui a tomada de consciência das vicissitudes etnocêntricas que se alojam nos discursos que compõem as definições temporais e geográficas referentes a repertórios e teorias, assim como nas discussões sobre a própria perspectiva, mesmo quando incluem a contraposição de terminologias e ideias decoloniais, como multiculturalismo e multinaturalismo (VIVEIROS DE CASTRO, 2002). Os aspectos factual e relacional nos permitem situar nossa perspectiva. E é justamente nessa busca de ampliação de consciência que reside a orientação de nosso fazer enquanto pesquisadores e quanto a nossa proposta de performance. Trabalhamos com música dos séculos XII a XVII (alta Idade Média até o Renascimento), o que implica em alguns dilemas teórico-metodológicos no que diz respeito à construção interpretativa do repertório. Isso se deve, em parte, à condição geográfica e de contraste cultural experimentado. Em outras palavras, devido ao desafio de fazer ter sentido, uma execução de música geralmente europeia em solo e para público brasileiro do século XXI. Mas isso também ocorre devido à distância temporal de algumas centenas de anos entre o período de criação das músicas e o momento atual.
Na das abordagens de interpretação musical, as perspectivas historicista e presentista se destacam como os extremos opostos no que diz respeito à música antiga (CHRISTENSEN, 2000). A leitura presentista busca analisar uma determinada obra ou teoria musical desde uma perspectiva contemporânea e alheia a seu contexto histórico. Enquanto isso, a leitura historicista tenta suprimir sua condição contemporânea para compreender uma teoria desde a sua posição histórica nativa. Ambas as perspectivas sofrem reducionismos. E há uma tendência a sugerir uma indissociável dicotomia entre subjetividade e normatividade, em que se atribui, respectivamente, maior liberdade de escolhas técnico-musicais às interpretações dos presentistas e; imposição de maiores limites às performances historicistas (GOMES, 2015). No entanto, esses dois termos estão em posição de complementaridade na formação do intérprete musical.
Em alternativa ao conflito ideológico protagonizado pelas abordagens presentista e historicista, Thomas Christensen apresenta a perspectiva de uma “reconciliação hermenêutica” (CHRISTENSEN, 2000, p. 32). Nessa perspectiva, o autor propõe uma leitura que supere a inobservância de aspectos contextuais de uma obra ou teoria (referente à leitura presentista), ao mesmo tempo em que admita a impossibilidade de isenção quanto a interferência das condições contextuais em que estamos inseridos. Discutindo a noção de perspectiva, inicialmente notamos nossa concepção mais próxima da leitura presentista. No entanto, nossa dinâmica de trabalho incorpora muitos atributos típicos de leituras historicistas. Como resultado temos, em geral, um produto artístico que é uma visão presente sobre a arte do passado. Nos termos de Waisman (2005, p.268) “una recreación que convierte a la música antigua em moderna, sin quitrale su antigüedad”. Atentando para a história da música ocidental é precisamente a perspectiva de um grupo de músicos, escritores poetas humanistas do século XVI os
…membros da Camerata fiorentina, que creendo reconstruir prácticas musicales de la antigüedad crearan el género más moderno de su época, la ideología de la autenticidad ha dado e sigue dando frutos que pertenecen a la vida musical de los siglos XX e XXI, y que la enriquecen, aunque no se correspondan plenamente com los postulados que le dan origen. (WAISMAN, 2005, p. 268).
A abordagem proposta por Christensen contribui sensivelmente para a discussão acerca da perspectiva do trabalho desenvolvido pelo Grupo Iluminura. Em suma, sem almejar uma resolução simétrica e estável, a ideia da reconciliação hermenêutica nos permite fluir e explorar diferentes níveis de gradação entre os dois pontos extremos.
GRUPO ILUMINURA E A PERSPECTIVA DA RECONCILIAÇÃO HERMENÊUTICA NO ESTUDO E PERFORMANCE DE MÚSICA ANTIGA
TEXTO CURTO
João Alexandre Straub Gomes, Werner Ewald, Carlos Walter Alves Soares, Luciana Elisa Lozada Tenório e Leonora Oxley Rodrigues
João Alexandre Straub Gomes Professor do Curso de Licenciatura em Música da UFPel. Bacharel em Música pela UFPel e Mestre em Música pela UFPR, atualmente é doutorando no Programa de Pós-Graduação em Antropologia da UFPel.
Werner Ewald Professor do Curso de Bacharelado em Música da UFPel. Licenciado em Música pela UFRGS e Mestre e PhD em música pela LSTC – Universidade de Chicago – EUA.
Carlos Walter Alves Soares Professor do Curso de Bacharelado em Composição da UFPel. Bacharel, Mestre e Doutor em Composição Musical formado pela UFRGS.
Luciana Elisa Lozada Tenório Professora do Curso de Licenciatura em Música da UFPel. Bacharel em Música pela EMBAP/UNESPAR; Mestre em Música pela UFG e Doutora em Música pela UdeM – Université de Montréal.
Leonora Oxley Rodrigues Professora do Curso de Bacharelado em Canto da UFPel. Bacharel em Canto pela UFPel e Especialista em Metodologia do Ensino pela UCPel.
RESUMO
O Grupo Iluminura, composto por docentes da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), se dedica ao estudo e performance de música antiga. Utilizando instrumentos de época, como flautas, viola da gamba, alaúdes, guitarra barroca e percussão variada, o grupo explora sonoridades de um repertório que vai da alta Idade Média ao Renascimento, gerando interpretações musicais, discussões teóricas e artigos acadêmicos. A preparação do repertório do grupo envolve uma abordagem didático-pedagógica que considera o contexto de cada apresentação. Isso inclui ajustes na interação com o público, sequência do repertório e duração da apresentação, variando conforme o evento. O Grupo Iluminura também reflete sobre as perspectivas adotadas em seu trabalho. Baseando-se na concepção de perspectiva que integra obra, público e artista, o grupo busca superar reducionismos e dicotomias entre subjetividade e normatividade, adotando uma abordagem que mistura elementos historicistas e presentistas. Isso resulta em uma visão contemporânea sobre a arte do passado, em linha com a ideia de “reconciliação hermenêutica” proposta por Thomas Christensen. A perspectiva de performance do Grupo Iluminura é uma combinação de pesquisa contextual e histórica com a adoção de práticas contemporâneas, como o uso de instrumentos modernos, réplicas de instrumentos antigos e a interação com mídias digitais, resultando em uma abordagem única que valoriza tanto a autenticidade histórica quanto a relevância contemporânea.
PALAVRAS-CHAVE
Música Antiga. Reconciliação hermenêutica. Instrumentos de Época.
Revista Arte ConTexto
REFLEXÃO EM ARTE
ISSN 2318-5538
V.8, Nº19, MAIO, ANO 2024
PERSPECTIVAS PARA ALÉM DA VISÃO
O Grupo Iluminura e Discussão Sobre Perspectiva
O “Grupo Iluminura” é formado por um quinteto de professores e professoras dos Bacharelados e Licenciatura em Música do Centro de Artes da UFPel. O grupo se dedica ao estudo teórico e à performance musical de um repertório conhecido como música antiga (GROUT e PALISCA, 2001), o que envolve as sonoridades, a forma e estilo do canto e da instrumentação. Este trabalho de investigação musical informa os arranjos e interpretações do repertório que o grupo toca em instrumentos de época, tais como flautas, violas da gamba, alaúdes, guitarra barroca e percussão de tipos variados. Também produz discussões teóricas e artigos acadêmicos sobre estas temáticas.
O trabalho do intérprete musical, e do pesquisador, inicia quando ocorre a convergência de uma paixão com uma profusão de questionamentos e interesses que se articulam em torno de um determinado tema ou assunto. Em nosso caso, os aspectos indissociáveis da paixão por fazer música estão intimamente relacionados à função que exercemos enquanto professores de música. Desse modo, a pesquisa e a preparação de repertório ultrapassam os limites específicos do estudo técnico-musical e as aspirações artísticas e estéticas do grupo sempre dialogam com intuitos didático-pedagógicos, que pode estar associado ao repertório, aos instrumentos musicais e técnicas de execução, a função do artista e da música em determinados contextos geográficos e históricos, ao papel dos ouvintes consumidores de música, etc.
Isso quer dizer que parte de nosso fazer musical envolve pensarmos o que pretendemos comunicar com nossas performances, bem como para quem estamos comunicando. Para nós, é imprescindível dedicar atenção ao contexto de cada apresentação pública do repertório que estudamos. Vários aspectos são considerados e ajustados se a ocasião da performance for uma participação em evento acadêmico de pesquisa, ou um recital aberto ao público em geral, ou uma apresentação para uma turma de alunos. Dentre eles, podemos citar o teor das falas entre as músicas, a sequência do repertório, a duração da apresentação e nível de interatividade com o público espectador.
Ao mesmo tempo, nossa posição na dinâmica de interação com o repertório, a teoria e o público, revela uma perspectiva e diferentes produtos artísticos resultam dos processos oriundos de distintas abordagens interpretativas, ou seja, distintas perspectivas. Por isso, discuti-las é fundamental no âmbito dos estudos desenvolvidos pelo nosso grupo de pesquisa. Mas que perspectiva orienta os trabalhos do Grupo Iluminura? Qual a perspectiva assumida em termos de seleção de repertório, análise musical, argumentação teórica e construção interpretativa? Antes de chegarmos a essas questões podemos ainda refletir sobre qual é a concepção de perspectiva do grupo. E como observado, ela parte de uma noção que contempla de maneira integrativa os pilares dos estudos estéticos, quais sejam, obra, público e artista (CHAUÍ, 2000). É uma concepção que não ignora as discussões científicas e sociológicas das últimas décadas, que apresentaram mudanças paradigmáticas em relação a conceitos e metodologias de produção de pensamento e, de maneira especial, em relação à proposição artística e musical para o mundo de hoje.
Nossa noção inclui a tomada de consciência das vicissitudes etnocêntricas que se alojam nos discursos que compõem as definições temporais e geográficas referentes a repertórios e teorias, assim como nas discussões sobre a própria perspectiva, mesmo quando incluem a contraposição de terminologias e ideias decoloniais, como multiculturalismo e multinaturalismo (VIVEIROS DE CASTRO, 2002). Os aspectos factual e relacional nos permitem situar nossa perspectiva. E é justamente nessa busca de ampliação de consciência que reside a orientação de nosso fazer enquanto pesquisadores e quanto a nossa proposta de performance. Trabalhamos com música dos séculos XII a XVII (alta Idade Média até o Renascimento), o que implica em alguns dilemas teórico-metodológicos no que diz respeito à construção interpretativa do repertório. Isso se deve, em parte, à condição geográfica e de contraste cultural experimentado. Em outras palavras, devido ao desafio de fazer ter sentido, uma execução de música geralmente europeia em solo e para público brasileiro do século XXI. Mas isso também ocorre devido à distância temporal de algumas centenas de anos entre o período de criação das músicas e o momento atual.
Na das abordagens de interpretação musical, as perspectivas historicista e presentista se destacam como os extremos opostos no que diz respeito à música antiga (CHRISTENSEN, 2000). A leitura presentista busca analisar uma determinada obra ou teoria musical desde uma perspectiva contemporânea e alheia a seu contexto histórico. Enquanto isso, a leitura historicista tenta suprimir sua condição contemporânea para compreender uma teoria desde a sua posição histórica nativa. Ambas as perspectivas sofrem reducionismos. E há uma tendência a sugerir uma indissociável dicotomia entre subjetividade e normatividade, em que se atribui, respectivamente, maior liberdade de escolhas técnico-musicais às interpretações dos presentistas e; imposição de maiores limites às performances historicistas (GOMES, 2015). No entanto, esses dois termos estão em posição de complementaridade na formação do intérprete musical.
Em alternativa ao conflito ideológico protagonizado pelas abordagens presentista e historicista, Thomas Christensen apresenta a perspectiva de uma “reconciliação hermenêutica” (CHRISTENSEN, 2000, p. 32). Nessa perspectiva, o autor propõe uma leitura que supere a inobservância de aspectos contextuais de uma obra ou teoria (referente à leitura presentista), ao mesmo tempo em que admita a impossibilidade de isenção quanto a interferência das condições contextuais em que estamos inseridos. Discutindo a noção de perspectiva, inicialmente notamos nossa concepção mais próxima da leitura presentista. No entanto, nossa dinâmica de trabalho incorpora muitos atributos típicos de leituras historicistas. Como resultado temos, em geral, um produto artístico que é uma visão presente sobre a arte do passado. Nos termos de Waisman (2005, p.268) “una recreación que convierte a la música antigua em moderna, sin quitrale su antigüedad”. Atentando para a história da música ocidental é precisamente a perspectiva de um grupo de músicos, escritores poetas humanistas do século XVI os
…membros da Camerata fiorentina, que creendo reconstruir prácticas musicales de la antigüedad crearan el género más moderno de su época, la ideología de la autenticidad ha dado e sigue dando frutos que pertenecen a la vida musical de los siglos XX e XXI, y que la enriquecen, aunque no se correspondan plenamente com los postulados que le dan origen. (WAISMAN, 2005, p. 268).
A abordagem proposta por Christensen contribui sensivelmente para a discussão acerca da perspectiva do trabalho desenvolvido pelo Grupo Iluminura. Em suma, sem almejar uma resolução simétrica e estável, a ideia da reconciliação hermenêutica nos permite fluir e explorar diferentes níveis de gradação entre os dois pontos extremos.
Referências Bibliográficas
CHRISTENSEN, Thomas. A Teoria Musical e Suas Histórias. Porto Alegre: Revista Em Pauta, v.11, n.16/17, 2000, p. 10-46.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Editora Ática, 2000.
GOMES, João Alexandre Straub. A Representação da Melancolia nas Ayres de John Dowland. Dissertação de Mestrado (PPG em Música-UFPR). Curitiba, 2015.
GROUT, Donald J. e PALISCA, Claude V. História da Música Ocidental. Lisboa: Gradiva, 2001.
KERMAN, Joseph. Musicologia. 1ª edição brasileira. São Paulo: Martins Fontes, 1987.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo B. A Inconstância da Alma Selvagem e Outros Ensaios de Antropologia. São Paulo: Cosac & Naify, 2002.
WAISMAN, Leonardo. Música antigua y autenticidad: ideologia e práctica. Cuadernos de Música Iberoameriacana, Madrid, v.10, 2005, p.255-268.
Referências Bibliográficas
CHRISTENSEN, Thomas. A Teoria Musical e Suas Histórias. Porto Alegre: Revista Em Pauta, v.11, n.16/17, 2000, p. 10-46.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Editora Ática, 2000.
GOMES, João Alexandre Straub. A Representação da Melancolia nas Ayres de John Dowland. Dissertação de Mestrado (PPG em Música-UFPR). Curitiba, 2015.
GROUT, Donald J. e PALISCA, Claude V. História da Música Ocidental. Lisboa: Gradiva, 2001.
KERMAN, Joseph. Musicologia. 1ª edição brasileira. São Paulo: Martins Fontes, 1987.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo B. A Inconstância da Alma Selvagem e Outros Ensaios de Antropologia. São Paulo: Cosac & Naify, 2002.
WAISMAN, Leonardo. Música antigua y autenticidad: ideologia e práctica. Cuadernos de Música Iberoameriacana, Madrid, v.10, 2005, p.255-268.
Lista de Imagens
Figura 1 – Parte da instrumentação utilizada pelo Grupo Iluminura. Fonte: Acervo do grupo.
Lista de Imagens
Figura 1 – Parte da instrumentação utilizada pelo Grupo Iluminura. Fonte: Acervo do grupo.