Gunga Guerra | Biografia
Vive e trabalha no Rio de Janeiro | RJ, 1970
Gunga Guerra nasceu em 1970, em Maputo, Moçambique, e é radicado no Brasil. Graduado em Comunicação Social e MBA em Novas Mídias de Tecnologia Digital pela Universidade Federal Fluminense, trabalhou durante anos com animação para TV. O artista transita por várias técnicas além da animação, como desenho, pintura e audiovisual, baseando sua pesquisa em temas contemporâneos e fazendo críticas sociais – elemento intrínseco a sua história de vida. Imigrante devido à Guerra de Independência de Moçambique, depois de passar por Portugal e, ainda, por várias mudanças entre a guerra de descolonização e a Revolução dos Cravos, ele chegou com a família ao Brasil em plena ditadura militar. Analisar essa primeira infância turbulenta é fundamental para entender os temas escolhidos pelo artista ligados a questões contemporâneas, como a guerra/conflito, a imigração/identidade e memória. Ganhou uma exposição individual em 2019 no Sesc de Niterói e fez participações em salões de arte e festivais de audiovisual nacionais e internacionais. Tem entre suas conquistas, o Prêmio Garimpo de 2018, da Revista da DASartes; o Prêmio Aquisição em de 2023 do Salão de Artes Plásticas Waldemar Belisário, de Ilhabela; o Prêmio Aquisição de 2023 do Salão de Artes Visuais de Vinhedo; o Prêmio de Pintura e Desenho André Rebouças em 2022, da Fundação Palmares; o Prêmio Aquisição do XVI Salão Latino-Americano de Artes Plásticas do MASM em 2022, no Rio Grande do Sul; e troféus do Festival do Minuto dos anos de 2020 a 2023.
Revista Arte ConTexto
REFLEXÃO EM ARTE
ISSN 2318-5538
V.8, Nº19, MAIO, ANO 2024
PERSPECTIVAS PARA ALÉM DA VISÃO
GALERIA ARTE CONTEXTO
Acompanhe sua produção em: @gungaguerra e www.gungaguerra.com
SE CORRER O BICHO PEGA, SE FICAR O BICHO COME
Através das três fronteiras culturais e perspectivas imaginárias — Moçambique, Portugal e Brasil — e de um ponto de vista influenciado pela imigração por consequência da guerra e conflitos, as obras contam com elementos dicotômicos, representativos e metafóricos, como os animais e os toys, que são manifestações e alegorias das emoções e sensações do artista, vividas não só em seus deslocamentos entre países e casas, mas ao longo de toda a sua trajetória.
O uso de personagens são influência dos contos e da tradição oral africana em que animais e objetos ganham dimensões humanizadas. As situações de violência e opressão experienciadas; vivenciadas pelos animais e toys, ora são enfrentadas ora evitadas contextualizando o modo “luta ou fuga” compartilhado tanto pelos seres humanos quanto pelos animais. Fora de contexto nos cenários urbanos, os personagens vivem narrativas às vezes absurdas mas que são parte da visão e impressão do mundo do artista.
Artista Gunga Guerra
Título SE CORRER O BICHO PEGA, SE FICAR O BICHO COME
Ano 2016, 2017, 2018, 2019 e 2022
Técnica Pintura
Dimensões Variadas
Figura 1 – A prisão do Golfinho Feliz, 2022, Acrílica sobre papel, 30 x 40 cm.
Figura 2 – Temos o direito! (capa), 2019, Acrílica sobre tela, 90 x 160 cm.
Figura 3 – Mico, 2019, Acrílica sobre tela, 146 x 89 cm.
Figura 4 – Um dia comum, 2018, Acrílica sobre tela, 59 x 110 cm.
Figura 5 – O menino e o cão, 2018, Acrílica sobre tela, 60 x 80 cm.
Figura 6 – I have the right to be a Toy Art!, 2018, Acrílica sobre tela, 60 x 80 cm.
Figura 7 – Enfurecidos #1, 2017, Acrílica sobre papel, 114 x 146 cm.
Figura 8 – Enfurecidos #2, 2018, Acrílica sobre tela, 140 x 180 cm.
Figura 9 – Briga de Galo, 2016, Acrílica sobre tela, 60 x 80 cm.