Rita de Souza | Biografia

Vive e trabalha em Belo Horizonte, MG, 1975

Rita de Souza nasceu em 1975, em Belo Horizonte, onde vive e trabalha atualmente. Tem formação em Artes Plásticas pela Universidade Federal de Minas Gerais e em História da Arte pela Université de Montréal no Canadá. Realizou sua primeira exposição individual em fevereiro de 2020, no Centro Cultural UFMG, com a mostra “Viagem Pitoresca pelo Mercado Central de BH”. Atualmente participa da Residência em Pesquisas Artísticas no CEFART, através da Fundação Clóvis Salgado – Palácio das Artes, em Belo Horizonte. O título de sua pesquisa é O Tecido como Materialidade e Significado na Obra de Arte Contemporânea.

Conciliando Arte e História, seu trabalho explora a produção artística como forma poética de registro. Valoriza a memória e as peculiaridades de um contexto, de uma época e de um lugar. Com o olhar atento, seu trabalho tenta captar e transformar, através da linguagem visual, elementos simples do cotidiano que podem passar despercebidos no convívio diário e na vida turbulenta contemporânea. Busca associar as histórias presentes na cultura material com contextos da atualidade.

Revista Arte ConTexto

REFLEXÃO EM ARTE
ISSN 2318-5538
V.7, Nº17, MAR., ANO 2022
TRABALHO EM ARTE E CUIDADO

GALERIA ARTE CONTEXTO

Acompanhe sua produção em @ritadesouzabr

As 5 Marias Não Manipuláveis | 2020

As 5 Marias Não Manipuláveis subverte a brincadeira inocente, lúdica e popular das 5 Marias, 5 saquinhos de tecido que são jogados para cima e manipulados com as mãos. Mas as 5 Marias Não Manipuláveis não se submetem a essa manipulação, seus corpos são grandes e fortes ao ponto de não permitirem a execução da brincadeira. Elas simbolizam as vítimas de feminicídio por não se submeterem às “vontades” de seus companheiros ou “admiradores” e alertam para esse ciclo que se repete. Segundo a CNN-BRASIL, em 2020, a cada 24 horas, 5 mulheres foram vítimas de feminicídio no Brasil.

O trabalho foi elaborado em 10 imagens fotográficas que contam uma narrativa. Enquanto os pequenos desenhos nas imagens demonstram como jogar as 5 Marias, as duas mãos seguem de forma diferente, simulando respeito e acolhimento com cada uma delas. O jogo aborda a reflexão sobre a não normalização do desrespeito com os corpos de mulheres numa sociedade patriarcal.