Agenda Cultural

Sérgio Camargo: Luz e Matéria

Dia 3 de março, a instituição em Porto Alegre inaugurou a mostra Sergio Camargo: Luz e Matéria com trabalhos de um dos mais importantes nomes das artes visuais do século XX no Brasil. A mostra reúne, de 03 de março a 12 de junho, mais de 60 obras de colecionadores privados e do espólio do artista. Na Fundação, a exposição ocupa dois andares com trabalhos de grande formato e em menor dimensão Sergio Camargo; torres e relevos em formas que jogam com a luz e a sombra, esculpidos em mármore carrara branco ou negro belga, datadas entre as décadas de 1960 e 1980. O conjunto faz uma síntese das sucessivas experiências de Sergio Camargo (1930-1990). Até 12/06/2016.

Local: Fundação Iberê Camargo (Av. Padre Cacique, 2000. Porto Alegre/RS). Visitação: Terça a domingo, das 12h às 19h e quinta, das 12h às 21h.

Os Teóricos Artrópodes: Metodologias e Práticas de Pesquisa em Campo Avançado (ou Uma Noite na Ilha dos Museus)

A partir de um imaginário emprestado da ficção-científica, com seus discursos de pseudociência, o projeto foi concebido como uma exposição contendo uma série de performances que promovem o entrecruzamento de diferentes linguagens e meios artísticos. São trabalhos que se colocam entre as artes visuais, o vídeo, a performance, a música, a arte sonora, a literatura, a poesia, os quadrinhos e o teatro. Uma narrativa ficcional bem-humorada envolvendo insetos cientistas do futuro que investigam a ruína da Civilização Ocidental serve de pano de fundo para uma discussão sobre questões que abrangem sobretudo metodologias e práticas da pesquisa artística. “Imagine se, no futuro, em virtude de uma mutação, insetos adquirissem inteligência. E imagine se eles, que provavelmente sobrevirão aos humanos, decidissem investigar a falência do projeto civilizatório do Ocidente a partir de suas próprias ruínas. Insetos devem perceber o mundo de um modo muito diferente do nosso. Então imagine o tipo de conclusão a que uma investigação como esta chegaria”, comenta o curador e diretor artístico da Galeria Ecarta, Leo Felipe. A exposição conta com a participação de Alexandre Navarro Moreira, Celina Alcântara, Chico Machado, Cristiano Rieck, Leo Felipe, Giancarlo Lorenci, Luciano Zanatta, Tula Anagnostopoulos e Zeca Azevedo. Até 24/04/2016.

Local: Galeria Ecarta (Av. João Pessoa, 943, Porto Alegre). Visitação: De terças a sextas, das 10h às 20h, sábados, das 10h às 20h e domingos das 10h às 18h.

Rol Fabuloso, João Grando

O rol de seres fabulosos, oriundos de diversas temporalidades para colapsar em um suporte escolhido, seja ele a superfície da tela, do papel ou da projeção, estabelece um jogo de múltiplas interpretações. Os encontros inusitados entre personagens como dinossauros, tigres, homens voadores e máquinas, nos destituem da capacidade de interpretar pontos narrativos que formem uma unidade com início, meio e fim. É possível elencar uma infinidade de sentidos (entendidos tanto como significados quanto como orientações no trajeto do olhar), os quais podem ser escolhidos e logo após abandonados por outros. Até 29/06/2016.

Local: Fundação Iberê Camargo (Av. Padre Cacique, 2000. Porto Alegre/RS). Visitação: Terça a domingo, das 12h às 19h e quinta, das 12h às 21h.

Maria Lynch – Ficções Sensoriais

A artista carioca que atualmente vive em Nova Iorque apresenta cerca de 30 obras inéditas, entre instalações, pinturas, desenhos, vídeos e performances. Na abertura da exposição, Lynch realiza uma performance, em que um mágico a faz aparecer e desaparecer do espaço expositivo. Nesta exposição, a questão sensorial se torna mais presente em sua obra. São duas salas, uma delas com caixas sensoriais onde o espectador coloca as mãos e sente texturas diferentes. Nesta sala, também podem ser vistas suas já conhecidas pinturas, todas de sua mais recente safra. "Comecei essa pesquisa sensorial numa residência em Los Angeles e estou desenvolvendo esse trabalho novo”, conta Maria. Uma das salas sensoriais da galeria será fechada, com o espectador podendo entrar sozinho durante três minutos para ter uma experiência solitária e sensitiva. "As pessoas precisarão se desnudar para experienciar isso”, conta, com ar de mistério, a artista. Até 07/05/2016.

Local: Blau Projects (R. Fradique Coutinho, 1464 – Fundos, São Paulo/SP). Visitação: De segundas a sextas, das 11h às 19h. Sábados das 11h às 17h.

Ivens Machado

O MAM Rio apresenta uma homenagem ao artista Ivens Machado (Florianópolis, 1942 – Rio de Janeiro, 2015), falecido há um ano, e que ao longo de cinco décadas produziu obras destacadas na cena contemporânea. Com curadoria de Fernando Cocchiarale, serão apresentadas, no Salão Monumental do Museu, dezesseis importantes obras do artista, algumas não vistas pelo público há anos. Estarão esculturas, instalações e desenhos pertencentes à Coleção Gilberto Chateaubriand / MAM Rio, e desenhos e um vídeo do Acervo Ivens Machado, projeto responsável pelo seu legado, a cargo da designer Mônica Grandchamp, colaboradora e amiga próxima de Ivens Machado. Ao longo de sua trajetória, iniciada em 1973, quando venceu o V Salão de Verão no MAM, participando a seguir da XII Bienal de São Paulo, Ivens Machado só teve no Museu uma exposição individual, em 1975, embora tenha integrado ali diversas mostras coletivas. Até 26/06/2016.

Local: Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – MAM RJ (Av. Infante Dom Henrique 85 Parque do Flamengo, Rio de Janeiro/RJ). Visitação: De terças a sextas, das 12h às 18h. Sábados, domingos e feriados das 11h às 18h.

Rafael França - Vídeos

Em parceria com a Galeria Jaqueline Martins, a Casa Nova apresenta os videos "After a deep sleep_Getting out ",1985, "As if exiled in Paradise", 1986 e "Insonia" de 1989 do artista brasileiro Rafael França (1957-1991), em exposição desde 7 de Abril de 2016. Precursor, no Brasil, de experiências que articulam arte e tecnologia, Rafael França, afastou-se dos meios tradicionais das artes plásticas. Inovou nos processos de elaboração da imagem-movimento ao utilizar novos meios para elaborar seus trabalhos, o que resultou em reflexões e debates sobre as relações entre palavra-imagem e sobre corpo e interpessoalidades. Na mesma década, formou, com Hudinilson Jr. e Mario Ramiro, o coletivo 3Nós3 que realizou intervenções, muitas vezes de forma anônima, no espaço urbano com forte caráter político. Seu trabalho subverte formas consolidadas de ficção ao fazer de si mesmo, e de seus amigos, personagens desafiadores. Interfere e manipula elementos presentes nesses meios, como a sincronia das falas, com o objetivo de alterar noções de tempo e espaço. Até 07/05/2016.

Local: Galeria Casa Nova Arte e Cultura Contemporânea (Rua Chabad, 61, Jardim Paulista, São Paulo/SP). Visitação: De segundas a sextas, das 11h às 18h.