Com o conjunto de textos e portfólios aqui publicados pretendemos discutir as possíveis convergências e distanciamentos entre a arte e a ciência, tendo em vista que cada vez mais, artistas tem se engajado em trabalhar a partir de áreas científicas de estudo, por exemplo, invadindo universos tecnológicos, políticos, cartográficos ou de exploração de arqueologias e paleontologias imaginárias. Ainda, com os artigos de tema livre dentro das artes, apresentamos abordagens que trazem: a dança como uma das formas mais expressivas de manifestação do corpo, com autoria de Elcie Masini e Elane Campos; a visceralidade na obra de Anna Bella Geiger, em texto assinado por Istefânia Rubino; e, por fim, o artigo de Radael Rezende, sobre o cinema de pós-continuidade e a pós-modernidade. Boa leitura!
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PEQUENA CARTA A WALMOR CORRÊA
Este pequeno texto é parte de uma série de pequenas e “supostas” missivas cujo objetivo, a partir de um investimento verbal numa escrita tipo
epistolar, é simular a dicção de uma carta que, fictícia, de forma íntima, finge ser remetida a algum artista, neste caso, o artista catarinense, hoje habitante de São Paulo, Walmor Corrêa.
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Ensaio sobre a invenção e sobre o “sabido não pensado” no processo criativo. O processo de abdução, saber do corpo, e “Il lumen naturale” se pensam ao prosar.
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Sobre o Gabinete de Coleta, Identificação e Significação de Espécies e as atividades desenvolvidas pela Professora Ana Mucks
Este texto é uma elaboração ficcional, em formato de comunicação jornalística, que opera no contexto da proposta artística denominada Gabinete de Coleta, Identificação e Significação de Espécies (2015) – representação espacial de um gabinete naturalista.
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Entre códigos, dedos e galáxias
Pensando nas possibilidades que as materialidades da escrita possuem no que diz respeito à (re)leitura e à (re)criação do mundo, busco o contato com diferentes áreas do conhecimento humano e, por meio da ficção, ressignifico a minha leitura das realidades da Ciência na infinita busca de significados do universo.
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La realidad como un pantano
Resenha da exposição Simplificar el pantano, de Mateo Amaral, realizada entre 7 de agosto e 2 de outubro de 2015, no Espacio Pla (Buenos Aires/AR).
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Modelos de Representação das Ciências Naturais na Arte Contemporânea
Este artigo discute as mudanças de paradigmas nas relações entre natureza e ciência a partir de trabalhos de arte contemporânea. O artista contemporâneo tem acesso aos modelos de representação da ciência e incorpora-os em seu trabalho de forma a questionar criticamente a relação do homem contemporâneo com o mundo natural.
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SOBRE O RETORNO DO MÁGICO e sua materialização na curadoria contemporânea.
Este ensaio visa apresentar uma panorâmica do crescimento de exposições curadas ao redor dos assuntos do mágico e as problemáticas teóricas com que os curadores se deparam na hora de pensar esses assuntos, pejorativamente conotados no imaginário e no saber ocidental.
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Francisco Antonio Sampaio: Arte e Ciência no sertão baiano.
À época, a fauna e a flora do “Novo Mundo” eram conhecidas na Europa somente por intermédio dos diários de bordos de artistas-viajantes. O objetivo deste texto é propor uma discussão sobre as influências destes artistas-viajantes, especialmente enfocando a relação entre arte e ciência sob a perspectiva de Francisco Antonio Sampaio na produção romântica, realista e neoclássica que surge, particularmente, nos álbuns pitorescos.
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A Visceralidade na Obra de Anna Bella Geiger (1965-1969)
Aproximando-se a relevância conceitual e histórica da visceralidade para o Brasil da década de sessenta, propõe-se o aprofundamento da metodologia poética dessa temática presente nas gravuras de Anna Bella Geiger, do período de 1965 a 1969, e sua relevância crítica de cunho político no Brasil.
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Ars Magna Sciendi
Na história da cultura ocidental, a separação entre artes e ciências é bastante recente. A fim de mostrar como essa distinção se torna senso comum, faço uma breve amostragem de disciplinas, autores e obras, cujos títulos atestam o quão indiscernível a arte era da ciência.
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O Corpo na arte ou a arte no corpo? Corpo, arte e dança em diálogo com a fenomenologia de Merleau-Ponty
Este artigo discute as possibilidades de análise do corpo sob a perspectiva fenomenológica de Merleau-Ponty, tendo como objeto de apreciação a arte e a dança como parte de um corpo individual e social que se mostra comunicativo e indivisível. Nesse sentido, o objetivo deste estudo é compreender a dança como uma das formas mais expressivas da manifestação do corpo comunicativo e artístico.
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Diagramas: projetando espaço e movimento
Este artigo busca refletir sobre o papel dos diagramas ao destacar suas qualidades notacionais em projetos de espacialidades, tanto sob o ponto de vista da arte contemporânea quanto sob o ponto de vista da arquitetura.
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PÓS-MODERNIDADE E O CINEMA DE PÓS-CONTINUIDADE
O presente trabalho pretende relacionar aspectos da sociedade atual com o cinema de pós-continuidade, definindo como seus filmes expõem e, ao mesmo tempo, inserem-se nesse cenário hiperativo e sobrecarregado sensorialmente.
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Flerte na Feira de Ciências
O artigo trata do exercício da crítica de arte de acordo com os pressupostos colocados por Thierry de Duve no texto Reflexões críticas: na cama com Madonna (2004). A posição de de Duve, segundo a qual a crítica pode ser pensada nos termos de uma relação amorosa, é o prisma a partir do qual se analisa a exposição Feira de Ciências, de Romy Pocztaruk.
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QUANDO A MÁQUINA ATINGE O SENSÍVEL: CONSIDERAÇÕES
SOBRE A OBRA DE MAURA GRIMALDI
Maura Grimaldi, artista brasileira de São Paulo, trabalha na fronteira entre ofícios. Mune-se de uns para dar sentido a outros. É fotógrafa, mas ao mesmo tempo é um pouco engenheira, um pouco química, um pouco astrônoma, um pouco arquiteta. Nesse repertório de curiosidades, atrelou sua atividade artística a um pensamento multimídia e reuniu em um mesmo campo de estudo a conjuntura da imagem e o dos aparatos que a criam.
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ciência da arte numa tensão contínua, porque não não cessa de provocar a reflexão metodológica e, sobretudo, porque nos lembra sempre que a obra de arte é uma obra de arte e não um objeto histórico qualquer. É uma maldição porque teve de introduzir na pesquisa um sentimento de incerteza e de dispersão dificilmente suportável, e porque esse esforço para descobrir uma normatividade levou com frequência a resultados que ou não são compatíveis com a seriedade da atitude científica, ou parecem atentar contra o valor dado à obra de arte individual pelo fato de ser única".
- Erwin Panosfsky , "O conceito de Kunstwollen", 1920
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