PRÁTICAS SISTÊMICAS E OS
PAPÉIS DO AGENTE CULTURAL

Nossa décima edição traz como proposta de debate a estrutura do campo de produção criativa e os seus modos de construção discursiva simbólica, pretendendo ajuizar e equacionar nossas responsabilidades como agentes culturais, porta-vozes de um circuito, por vezes, frágil e vulnerável, mas potencialmente pujante e revolucionário, se encararmos a prática artística como vetor de transmutação. Nesse sentido, entram em discussão as crenças que permeiam as relações de poder e legitimação dentro do sistema das artes, a partir do enfoque da curadora e pesquisadora Bruna Fetter e, sob uma perspectiva histórica, Fabricia Jordão comenta a inserção de artistas e intelectuais nos aparelhos do Estado em busca por melhorias institucionais durante o processo de abertura política no período de redemocratização do país. Ainda, esta edição conta com o comentário crítico de Rafael Zacca sobre modelos educativos, apostando na sociabilidade pedagógica e na revisão das relações sociais de produção artística; e o olhar do crítico e jornalista Francisco Dalcol em relação à atuação e ao posicionamento de espaços coletivos, que toma o caso do Ateliê397 como modelo de resposta crítica a formatações do circuito e às instituições tradicionais. Finalmente, mas não por último, destacamos a Pequena Carta a Frans Krajcberg, texto de André Winter Noble e Renata Requião, que vem rompendo as barreiras entre narrativa e trabalho poético.
Aproveite esta edição e boa leitura!

 

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