Romy Pocztaruk | Biografia

Mestre em Poéticas Visuais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

O trabalho fotográfico e videográfico de Romy Pocztaruk lida com simulações e com a posição a partir da qual o artista interage com diferentes lugares. Entre as mostras das quais participou, estão 31ª Bienal de São Paulo (2014); BRICS (2014), OI Futuro Flamengo, Rio de Janeiro, Brasil; Convite à Viagem - Rumos Artes Visuais (2011-13), Itaú Cultural, São Paulo/Rio de Janeiro/Goiânia, Brasil; 9ª Bienal do Mercosul (2013), Porto Alegre, Brasil; Region 0 - The Latino Video Art Festival of New York (2013), New York; 64º Salão Paranaense (2012), Museu de Arte Contemporânea do Paraná, Curitiba, Brasil; Prêmio diário contemporâneo de fotografia, Casa das onze janelas, Belém do Para, Brasil; Percursos Simulados (2011), Paço das Artes, São Paulo, Brasil; Simulated Pathways (2011), Skalitzer 140, Berlim, Alemanha; e All Photographers Now (2006), Musée de l’Elysée, Paris, França. Também realizou residências na China (Sunhoo Creatives in Residency), Berlim (Takt Kunstprojektraum) e Nova York (Bronx Museum), pela Bolsa Iberê Camargo de residências artísticas.


Sobre a série “A Última Aventura”

A Última Aventura revela a jornada de aproximadamente um mês que Romy Pocztaruk fez pela Rodovia Transamazônica em outubro de 2011. Atravessando de carro partes dos quase quatro mil quilômetros da estrada, Pocztaruk procurou por vestígios materiais e simbólicos que remanesceram de um projeto faraônico, utópico e ufanista, rapidamente fadado ao abandono e ao esquecimento. O resultado são imagens estáticas de cenários vazios e despovoados, nos quais seus habitantes ausentes guardam os resquícios de suas aventuras.

A Rodovia Transamazônica, cuja construção teve início durante o governo militar de Emílio Garrastazu Médici (1969-1974), foi originalmente projetada para unir longitudinalmente as regiões Norte e Nordeste do país, do extremo leste da Paraíba à fronteira do Amazonas com o Peru. Fruto de uma estratégia política da ditadura durante o suposto “milagre econômico” brasileiro, o desbravamento da rodovia simbolizava a possibilidade de colonização e integração nacionais, avançando um Brasil grande e moderno ao status de potência mundial. O discurso fortemente nacionalista, no entanto, mascarava não só os desvarios do projeto, que acabou interrompido pela metade, mas também a escalada da repressão militar, que punha em prática seus severos anos de chumbo.

Para acompanhar sua produção, acesse: http://romypocz.com

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